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O futuro do Spider

A discussão sobre o melhor de todos os tempos sempre agitou o mundo do MMA. Atletas como Fedor Emelianenko, Jon Jones e Georges St-Pierre constantemente são citados. Outro nome que sempre é lembrado nesses debates é o do brasileiro Anderson Silva. Anderson é o ex-campeão peso médio do UFC, com 10 defesas de título.

Anderson em uma de suas lutas mais recentes. Foto: UFC/Reprodução


"The Spider", como é apelidado, reinou a categoria dos médios entre 2006 e 2013 e teve uma sequência de 16 vitórias, até contra oponentes do meio-pesado. Após esse longo tempo como campeão, Anderson teve dificuldade para reencontrar a boa forma. Das últimas oito lutas, ele só venceu uma, triunfo sobre Derek Brunson no UFC 208, em fevereiro de 2017, numa decisão bem contestada pela mídia especializada e pelos fãs.


Além das constantes derrotas, Anderson teve diversos outros problemas desde a sua primeira derrota para Chris Weidman no UFC 162, em julho de 2013. A fratura da perna na revanche contra Weidman no mesmo ano e os problemas de doping após a luta contra Nick Diaz em 2015, na qual ele venceu mas virou "no contest" depois de ter sido pego, e antes de um confronto contra Kelvin Gastelum, em novembro de 2017.


Para muitos, as duas vezes que foi suspenso por doping mancharam a carreira de Anderson e ele deveria ser automaticamente desconsiderado nos debates sobre o GOAT ("Greatest of all Time", "Melhor de todos os tempos em inglês). O Spider é provavelmente o maior da história no MMA brasileiro e mesmo com todas as polêmicas continua no top 5 mundial.


Agora, aos 45 anos, o futuro de Spider é um mistério. Sem lutar desde maio do ano passado, quando perdeu para Jared Cannonier no UFC 237, ele possui duas lutas no seu contrato com o UFC e planeja se aposentar após os combates. A pergunta é: quem Anderson enfrentaria?


Anderson atualmente não está ranqueado em nenhuma categoria, até mesmo nos médios onde foi campeão por anos. Por isso, a possibilidade de enfrentar alguém no topo da divisão é quase impossível e a situação mais provável é um combate contra outro veterano, o que é difícil de achar em um peso recheado de atletas jovens e promissores.


Além disso, Anderson não quer lutas pequenas, que seriam só para encher um card principal de algum evento no pay-per-view. Ele não quer que as últimas lutas de sua carreira sejam despercebidas, fiquem no fundo ofuscadas por combates maiores. Aí que surge a ideia das superlutas.


Há um mês, Spider propôs uma peleja contra o ex-campeão dos penas e dos leves do UFC, o astro irlandês Conor McGregor. A proposta é insana, pela grande diferença de idade e de peso entre os dois. Anderson competiu a maioria de sua carreira nos 84 quilos, com algumas lutas nos 93. Por mais que já tenha lutado na categoria dos meio-médios, isso ocorreu há 15 anos.


O plano de enfrentar um McGregor de 31 anos e que no máximo luta nos meio-médios, onde fica pequeno pra categoria, é longe da realidade atual. Por mais que seja um combate capaz de vender milhões de pay-per-view e ser acompanhado por todo o mundo, seria algo que simplesmente não faria sentido. Não importa o tamanho que o confronto teria.


Após a luta com McGregor ser rechaçada pelo presidente do UFC, Dana White, e por todos que acompanham o esporte, Anderson mira em outro ex-campeão, também de uma categoria abaixo. O nome da vez é de Anthony Pettis, ex-campeão dos leves do UFC e do WEC, que atualmente varia entre competir nos meio-médios e no peso leve.


A peleja contra Pettis seria no peso casado de 79,8 quilos, bem baixo para o brasileiro, que deve andar perto dos 100 kg normalmente. Assim como na luta contra McGregor, Dana White não se animou com Silva x Pettis por achar que "não é um grande combate que faça sentido". White explicou que casar um confronto entre um atleta que já lutou nos 66kg contra um que já lutou nos 93kg, é maluquice.

O nocaute mais famoso da carreira do Spider, o chute frontal contra Vitor Belfort, em 2011.

Foto: UFC/Reprodução


Dana White já afirmou não saber o que fazer em relação a Anderson Silva. É difícil encontrar uma luta que faça sentido nesta altura da carreira do Spider. A única coisa possível no momento é torcer para marcarem um combate quando puderem e que Anderson se sinta contente e satisfeito com a sua trajetória no esporte e se aposente. Polêmicas em segundo o plano, o lutador, que muitas vezes foi chamado de "Pelé do MMA", merece pendurar as luvas de forma digna e emocionante, por tudo que fez pela modalidade.

 
 
 

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