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Novo ano, novas polêmicas

Foto do escritor: Rafael FernandezRafael Fernandez

A cada ano que passa, nós olhamos para trás para relembrar os momentos vividos e esperamos pelas novas lembranças que estão por vir. O ano de 2024 começa a se mostrar como um período cheio de expectativas no mundo do MMA, principalmente em relação ao UFC. A organização chegará ao pay-per-view de número 300 em abril e os fãs estão ansiosos para ver o card grandioso que a companhia planeja.

O cartaz oficial do UFC 300, evento marcado para o dia 13 de abril. Foto: UFC


Com a expectativa também vem a desconfiança, muitos duvidam da capacidade do UFC de montar cards incríveis dado a falta de estrelas para carregar eventos desta magnitude. O único lutador que tem o nome pesado é Conor McGregor, mas tudo que envolve o irlandês é uma incógnita. Todos esperavam que voltasse ano passado, mas nada ocorreu. Até agora, parece que ele estará de volta em julho e não fará parte do UFC 300.


Outros dois nomes que já sabemos que não poderão lutar no evento histórico são os de Islam Makhachev e Jon Jones. Ambos estão lesionados, com a lesão de Jones sendo um pouco mais grave. O campeão dos leves, Makhachev, já diz que planeja voltar em junho, o que dá início a uma das polêmicas a que me refiro no título deste texto.


Nos últimos dias foi anunciada a luta entre Charles do Bronx e Arman Tsarukyan para o UFC 300. O brasileiro revelou que aceitou o combate pois Islam Makhachev está lesionado e só poderá voltar depois de agosto. Charles não está disposto a ficar mais de um ano sem lutar e enfrentará Tsarukyan com o vencedor disputando o cinturão quando o campeão estiver recuperado.


Entretanto, também surgiu um vídeo de Makhachev realizando exercícios, sem aparentar ter alguma lesão. Além disso, ele próprio colocou na legenda que irá enfrentar Justin Gaethje em junho, diferente do que foi relatado que ele só estaria de volta depois de agosto. Com isso, começaram a surgir dúvidas quanto a veracidade da contusão do russo e até acusações de que ele está tentando evitar um novo confronto contra Charles do Bronx.


Não cabe a mim dizer que Makhachev inventou uma lesão. Não tenho nenhuma informação sobre qual lado da história é o real. Porém, o russo já admitiu que deseja enfrentar novos desafiantes, ao invés de realizar revanches, como seria tanto no caso do brasileiro quanto de Tsarukyan.

A encarada entre Charles do Bronx e Islam Makhachev na primeira luta entre os dois, em outubro de 2022. Foto: Chris Unger / Zuffa LLC


A polêmica nem é sobre a não participação de Makhachev no UFC 300. Até porque, devido às suas crenças religiosas, já era de conhecimento geral que ele não lutaria no evento. A questão é que parece que Charles aceitou lutar contra Tsarukyan por achar que o campeão só voltaria no final do ano. Se soubesse que o russo planejava lutar em junho, o brasileiro poderia ter esperado.


A situação de Islam Makhachev, ao mesmo tempo que é muito diferente, tem pontos semelhantes com a do campeão dos pesados, Jon Jones. Assim como com o russo, Jones também já era carta fora do baralho para o UFC 300. O americano teve uma lesão grave no final do ano passado, que o deixará mais de um ano fora do octógono. O plano é que ele volte no final deste ano contra Stipe Miocic.


Porém, como eu falei no último parágrafo, a lesão de Jones foi grave e o UFC decidiu ter um campeão interino enquanto ele estivesse fora. Com isso, Tom Aspinall e Sergei Pavlovich se enfrentaram em novembro, com o inglês saindo com o cinturão. O esperado por todos era que assim que Jon Jones estivesse apto a voltar, ele faça uma luta de unificação contra Aspinall, mas esse não é bem o plano do americano.


O campeão continua afirmando que enfrentará Stipe Miocic quando voltar, mesmo com Aspinall sendo o detentor do cinturão interino. O pior disso tudo é que essa intenção de Jones é aparentemente apoiada por Dana White, o presidente do UFC, o que faz a situação toda de ter um campeão interino ser uma loucura e deixa a divisão estagnada porque Jon Jones não deseja enfrentar outros desafiantes.


Aspinall já deixou claro na internet que ele acha uma injustiça ser o campeão interino e não poder unificar os cinturões, além de ver alguém que não luta desde 2021 tomando o seu lugar. Se o UFC sabia que Jones só aceita lutar contra Stipe Miocic, por que não o destituíram? Por que fizeram um título interino que não poderá ser unificado?

Tom Aspinall com o cinturão interino que conquistou no UFC 295.

Foto: Mike Roach / Zuffa LLC via Getty Images


Novo ano com novas polêmicas, mas a mesma falta de critério do UFC. Em um ano que podemos ver um novo concorrente para a organização surgir forte, ela continua cometendo os mesmos erros de marcar combates que esportivamente não fazem tanto sentido. Agora cabe a companhia tentar esconder esses equívocos com eventos que atendam a expectativa do público.

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