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A volta do TUF: será animadora ou decepcionante?

Foto do escritor: Rafael FernandezRafael Fernandez

Há mais de 15 anos, uma noite mudou o rumo do MMA. Foi o evento que fez o UFC decolar para o sucesso e alcançar o topo do esporte. A final da primeira temporada do The Ultimate Fighter (TUF), mais precisamente a luta entre Forrest Griffin e Stephen Bonnar. O combate foi tão bom que os executivos do canal de televisão Spike TV fizeram uma proposta de renovação do reality e ela foi assinada na mesma noite num pedaço de guardanapo. Agora, o reality estará de volta depois de um intervalo de dois anos. Será que recuperará o prestígio que já teve?

Forrest Griffin (direita) e Stephan Bonnar (esquerda) travaram uma batalha que mudou a história do MMA. Foto: UFC/Divulgação


Desde a primeira temporada no início de 2005, o reality teve outras 27. A última aconteceu no primeiro semestre de 2018 e desde então, o programa ficou fora das televisões. O show está há tanto tempo parado que o UFC já até mudou de parceiro de canal. Trocaram a FOX pela ESPN. Mas esse hiato está perto de acabar. O presidente do UFC, Dana White, já confirmou a volta do TUF e o início das gravações para o fim deste ano.


Até agora não foi explicado o conceito do TUF no texto. O The Ultimate Fighter consiste em colocar diversos lutadores para conviver numa casa por semanas. Eles são separados em times e lutam entre si até que sobrem os finalistas. A final acontece num evento ao vivo e o vencedor recebe um contrato com o UFC. Uma ideia simples que funcionou perfeitamente. Apesar da luta entre Griffin e Bonnar ter sido a principal razão para a renovação do programa, o reality já era um sucesso.


O público adorou assistir às interações entre os lutadores e como eles eram normalmente, fora do octógono ou ringue. Esse foi o principal motivo para o sucesso do programa, mas talvez tenha sido a razão para intervalo de tempo fora do ar. Por mais que o modelo de show seja excelente, o UFC sobrecarregou o público com temporadas. Depois de anos, a questão da novidade foi embora e o nível dos participantes diminuiu.


O UFC fazia duas temporadas por ano com a versão americana. Além disso, o programa teve uma versão brasileira, uma latina (com países da América Latina menos o Brasil) e duas que colocavam um país contra o outro (Austrália x Reino Unido e Austrália x Canadá). Ao todo foram 36 temporadas de um conceito que, depois de um tempo, perdeu seu atrativo.


O UFC até tentou ter novos conceitos nos últimos anos. Teve uma versão ao vivo, duas em que a atleta vencedora se tornaria campeã de uma nova categoria e uma em que o prêmio era uma disputa de cinturão. Todas brilhantes ideias, algumas até funcionaram em temporadas antigas (a quarta temporada, em 2006, também premiou os vencedores com chances pelo título do UFC). Porém, o modelo de lutadores presos numa casa já havia perdido à graça.


No Brasil, por exemplo, o programa esteve no ar entre 2012 e 2015, na Rede Globo. Foram quatro temporadas ao todo. Por mais que tenha tido momentos muito bons e até um ano que os rivais Wanderlei Silva e Chael Sonnen foram os treinadores (chegaram a lutar durante as gravações), o show passava num horário horrível, o que não ajudou a ganhar público. O reality acontecia na madrugada de domingo para segunda, quando muitas pessoas dormiam pois trabalhavam no dia seguinte.


Além dos problemas de audiência, o UFC também começou a apostar em outras formas de entretenimento. Em julho de 2017, a organização estreou o Dana White's Contender Series. Lutas semanais entre aspirantes à companhia em que os que mais impressionassem ganhavam contratos. Em 2018, até teve uma versão brasileira. Então era basicamente um TUF, menos a parte de ficar em uma casa por semanas. O objetivo era o mesmo: entrar no UFC.

Ex-campeão interino dos leves, Tony Ferguson, foi o vencedor da décima terceira temporada. Foto: ESPN


Talvez essa volta seja ótima para o programa, talvez o UFC tenha uma grande inovação para dar uma sacudida no formato. Ou talvez seja mais do mesmo e a audiência se canse do modelo antigo. Apesar de todas essas possibilidades, o melhor é ter o TUF de volta. O reality é histórico e muito importante para o MMA. Em toda a sua existência, o show produziu 11 futuros campeões do UFC e 18 desafiantes ao título.


O The Ultimate Fighter nunca vai acabar. Não importa o quão baixos sejam os números de audiência, ele sempre achará um jeito de estar de volta. É por meio dele que o público consegue conhecer a fundo futuros campeões do mundo ou um simples lutador mediano. Por isso sempre vão amar o programa. Pelas histórias, narrativas e emoção. O TUF é imortal e continuará a produzir novas estrelas e novos enredos.

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