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A popularidade do BMF

Foto do escritor: Rafael FernandezRafael Fernandez

Atualizado: 22 de jul. de 2020

O UFC realizou no último sábado, dia 11, o primeiro evento da esperada e muito comentada "Ilha da Luta". A organização colocou muita expectativa e marcou três disputas de cinturão para o evento. Na luta principal, o campeão dos meio-médios, Kamaru Usman, iria enfrentar o brasileiro Gilbert "Durinho" Burns, mas tudo mudou poucos dias antes do show.

Jorge Masvidal (calção vermelho) substituiu Durinho contra Usman (calção preto) no UFC 251. Foto: UFC/Reprodução


O brasileiro Gilbert Durinho foi diagnosticado com coronavírus seis dias antes do UFC 251, o que deixou o UFC à procura de um substituto. Eram poucos os nomes disponíveis graças a pandemia, mas a organização foi rápida e anunciou Jorge Masvidal para o lugar de Burns. A notícia foi surpreendente, pois Masvidal era pra ter enfrentado Usman desde o início do ano, mas desavenças com a companhia por causa do pagamento do americano de origem cubana impediram o combate de se materializar.


Masvidal foi derrotado por Usman graças a uma estratégia implementada perfeitamente pelo campeão. Ele não deu espaço para Jorge utilizar o striking e dominou a luta no clinch. Mesmo com a derrota, a popularidade altíssima e o status de estrela de "Gamebred", apelido de Masvidal, foram comprovados.


O pay-per-view do evento foi comprado por 1,3 milhão de pessoas nos Estados Unidos, de acordo com apurações feitas por um site americano. Os números transformam o card no maior da organização desde o UFC 229, em setembro de 2018, que vendeu 2,4 milhões e teve a rivalidade de Khabib Nurmagomedov e Conor McGregor como luta principal. O sucesso do UFC 251 se deve muito a entrada de Masvidal no lugar de Durinho.


Masvidal foi talvez o principal nome da organização no ano de 2019. Ele teve três vitórias, todas por nocaute ou nocaute técnico, e seu estilo gângster e de lutar contra qualquer um trouxeram atenção para o lutador. O atleta se refere a esse novo estilo implementado por ele como a "ressurreição" e diz que seu foco nas lutas será "batizar" os oponentes, basicamente nocauteá-los.


Não foi só a personalidade de Masvidal que lhe colocou no centro do esporte. Ele conseguiu demonstrar tudo no octógono, primeiramente ao nocautear o inglês Darren Till em Londres, em março. Depois, ele enfrentou o invicto wrestler Ben Askren no UFC 239, em julho. Askren conseguiu vender a luta perfeitamente, se esbaldou no trash talking e fez tudo para irritar Jorge. O quieto "Gamebred" respondeu tudo no ringue ao acertar uma joelhada voadora no wrestler e o botar para dormir com cinco segundos de combate.


O nocaute botou Jorge no mapa, ele virou uma estrela da noite pro dia. Sua popularidade já havia aumentado consideravelmente depois da luta com Till e toda a confusão com Leon Edwards no backstage do evento, quando socou o inglês e, após, disse que o serviu "três peças e um refrigerante". A única coisa que lhe faltava era uma mega luta e isso estava por vir.


O UFC 241 aconteceu em agosto do ano passado e uma das lutas mais esperadas do card era a volta de Nate Diaz para o octógono. Diaz não lutava desde 2016 quando enfrentou Conor McGregor e muitos queriam ver como ele estava fisicamente. Ele surpreendeu a todos com um bom nível e venceu Anthony Pettis por decisão e, logo em seguida, desafiou Masvidal.


Pronto. Um simples desafio e aí estava a luta que Masvidal precisava para se tornar um dos maiores astros do esporte. Ele iria enfrentar uma das maiores estrelas e ainda com um interesse bônus para o público. Após a luta contra Pettis, Diaz disse que havia defendido seu cinturão de "baddest motherf***er" (lutador mais sinistro ou mais durão), essa frase do lutador acendeu uma ideia na cabeça do presidente do UFC, Dana White, e ele criou o título BMF (sigla de "baddest motherf***er") para o vencedor o combate entre Jorge e Nate.


O chefão da organização teve essa ideia, pois a luta envolvia os dois lutadores mais "gângster" do UFC. Por isso, criaram o cinturão somente para o combate e nunca mais. O título só trouxe mais expectativa para a peleja e, pelo fato de ser algo novo, deixou os fãs bem ansiosos, principalmente para o design.


A luta foi marcada para o UFC 244, em novembro do ano passado, no Madison Garden, em Nova York, uma das arenas mais famosas do mundo. O que se viu naquele evento foi um espetáculo que Masvidal proporcionou. Ele dominou Nate Diaz por três rounds e viu o médico interromper a luta devido a um corte no supercílio de Diaz.

Masvidal recebendo o cinturão BMF do ator Dwayne "The Rock" Johnson. Foto: UFC/Reprodução


A partir daí, Masvidal sacramentou seu nome como um dos mais populares do esporte no momento, quase no mesmo nível que o próprio astro irlandês Conor McGregor. Por isso, não foi nenhum absurdo "Gamebred" pedir mais dinheiro para lutar contra Usman. Ele sabe o seu valor no momento e receber uma quantia muito menor seria uma jogada não tão inteligente da parte dele.


Masvidal é um cara que começou nos famosos vídeos de luta nas ruas de Miami, que fizeram o falecido Kimbo Slice ser famoso. Ele batalhou muito para chegar no status que possui agora, por mais que ele não tenha um dos melhores cartéis no esporte, seu estilo e sua personalidade o fizeram chegar até aqui.


A derrota para Usman só foi um obstáculo para ele, pode-se dizer até que ele foi um dos maiores vencedores da noite. Ele pegou a luta com seis dias de antecedência, teve que perder 10 quilos para lutar e ainda levou o campeão para a decisão. Os números de pay-per-view só comprovam a estrela que é o BMF e Masvidal tem muito ainda para oferecer ao esporte e aos fãs.

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